4.7.10
A tênue linha
Existe um muro
Cambaleante
Que separa a razão
Da emoção pujante
Que me devora.
Respiro um pouco de loucura
Para entreter o delírio
Que vez ou outra aflora.
Sinto perfume das damas da noite
Que calmamente invadem este quarto.
Ando nesta corda bamba
Fino gélido fio de navalha
Tênue linha entre o
Orgulho e o amor próprio.
Não enxugo essas lágrimas
Que furiosamente molham meus pés.
Não escondo a fraqueza
De sentir-se tão impotente.
Expurgo.
Esquartejo milimetricamente
Essa voracidade do impulso
Do pulso que não abraça meu corpo.
Acorrento e aprisiono
O grito rouco
Que em minha garganta seca.
Salgado
É o gosto desta solitude
Mordaz que vocifera
Seu hálito em minhas narinas.
Balanço
Ainda nesta corda incerta
Ainda neste recorrente sentir.
Fecho os olhos
A alma em carmim
Soluça
Enquanto o coração em brasa
Decanta o desamor.
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